Economia
17/09/2023 18:34
Inflação, força decisão do BCE
Por José A. Carvalho/Twenty4news
Realidades económicas e sociais diferentes na UE, não sensibilizam Christine Lagarde em baixar os juros, aconselhando mesmo os governos a não criarem medidas de apoio às famílias com crédito de habitação.
Foto: Horacio Villalobos/Getty Images
A redução de juros, não faz parte da agenda do BCE enquanto a inflação estiver acima de 2% no entanto a previsão não é nada animadora, com economistas a preverem uma quebra nos juros só para o final do 1.º semestre de 2025. Não são apenas, os países da UE que padecem deste terrível panorama, o banco central russo aumentou a sua taxa de juros para 13% com a consciência dos riscos da subida da inflação que neste momento se mantém nos 5,33% e a descida da cotação do rublo face ao dólar são fatores pouco animadores para os russos nos próximos anos. Seguindo a mesma estimativa mas menos grave, o Reino Unido deverá subir novamente a taxa de juros até 5,5% mas a desaceleração da economia mesmo que por fatores pontuais, como greves e o aumento do desemprego, superam a previsão do BoE e é razão de preocupação para economista e decisores políticos.
Para as famílias portuguesas, os tempos obrigam a uma retração nos gastos, com a inflação marcada pela subida transversal dos preços nos bens de consumo situada nos 5,3% em agosto e a taxa de juros a subir para os 4,5%, o futuro incerto a curto e médio prazo, obriga a planos de contingência urgentes que protejam as pessoas mais vulneráveis.
27/08/2023 11:06
" Medocracia" - O grande Fantasma chamado "MEDO"!
Por José A. Carvalho/Twenty4news
Tudo começa, onde tudo termina e a consciência do meio termo ou bom senso das nossas atitudes, está em sabermos onde termina a nossa liberdade e começa a liberdade do outro. Estados de liberdade, necessitam a todo o custo de um equilibro, entre direitos e deveres mas em regra, o primeiro é ativamente dominante quando os nossos interesses prevalecem.
Cada vez mais, temos dificuldade em sair da nossa zona de conforto e estender a mão a quem mais necessita porque temos "MEDO" que, ao fazê-lo, o nosso risco de tudo perder aumente drasticamente. Mas também, a verdade é que, em alguns casos, aqueles a quem estendemos a mão acabam por devorá-la sem piedade. O "MEDO", faz-nos perder autoridade moral, mesmo quando a verdade está do nosso lado, no entanto, precisamos de ter "MEDO" na medida em que nos ajuda a proteger dos perigos e nos dá certas doses de prudência, para não dizermos o que realmente pensamos, ao nosso chefe, o "MEDO" pela perda do emprego, pela despromoção e chacota dos colegas por uma ideia menos boa, do que outros pensam e dizem, e por fim, o "MEDO" da rejeição e do insucesso. Refugiados no "MEDO", o nosso talento ficará sequestrado e dificilmente poderemos raciocinar tão brilhantemente. Quando sentimos "MEDO", somos menos criativos e envelhecemos mais rapidamente. É, uma má receita para a longevidade!
A sociedade ou o estado social, nem sempre se move por interesses comuns mas sim pelo "Zé vai...Maria vai" e é esta atitude que nos faz perder identidade, quando vivemos num estado de direito. Os anos passam e as realidades de cada um, enquanto individuo, vão-se alterando, perdendo gradualmente a perspectiva do Eu pelo Nós com a consciência decadente de um corpo frágil enquanto matéria e de um pensamento volátil, que o tempo se encarrega de absorver. Com a decadente forma do Ser, aumentará o "MEDO" do Querer e do Fazer e acabará sempre por perpassar pelas gerações seguintes. Vivamos, conscientes das nossas capacidades, procurando sair da zona de conforto na perspetiva de olhar o futuro, com mais optimismo na altura certa de tomar decisões...sem "MEDO"!
13/08/2023 19:50
"Turismo e Restauração" sustentam economia portuguesa
Por José A. Carvalho/Twenty4news
De acordo, com o Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal registou no segundo trimestre deste ano, 5 milhões de pessoas empregadas à custa (como tem sido hábito) dos contratos precários, do alojamento e restauração.
Foto: José A. Carvalho/Twenty4news
Uma realidade triste, de uma economia volátil que vive, do "Tapa e Destapa" desde sempre. Vivemos numa grande mentira, aprisionados a um mercado de trabalho focado no problema e nunca na solução, num país que vive de uma engenharia financeira e de estatísticas encomendadas, sem uma investigação a fundo. Trabalhadores, com contratos a prazo (trabalhos precários) e a recibos verdes (o irmão gémeo do desemprego) correspondem a 79% dos 110 mil empregos criados num ano, sem incluir é claro, os milhares de desempregados de curta e longa duração (entre os 20 e os 63 anos) inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) anualmente, em formações constantes por atacado e excluídos das estatísticas do desemprego, numa forma airosa de camuflar a situação real do país. Mais grave, são as promessas de inclusão no mercado de trabalho, de milhares de desempregados que concluíram os seus cursos de formação (muitas vez, por imposição sob perda do subsidio de desemprego), que acabam por cair no esquecimento de quem promete e não cumpre...o Estado. O mercado de trabalho em Portugal, vive na indefinição, insegurança e fragilidade do emprego, sustentado pela sazonalidade, com ordenados miseráveis que obrigam os portugueses, a ter dois empregos para sobreviver, num novo recorde de 272 mil pessoas depois de um crescimento de 13% num ano segundo dados do INE.
Não basta criar leis laborais, que muitas vezes são despojadas de direitos e apoios judiciais, de formar e certificar pessoas para exercer as suas funções que acabam no esquecimento, de estabelecer como idade de reforma os 66 anos e 7 meses, num país envelhecido em que mentalmente os seus empresários, não estão preparados para admitir um trabalhador ativo e experiente com idade superior a 45 anos. Como irão sobreviver, os que passarão a ser economicamente inviáveis para as empresas, até ao limite da sua idade de reforma? Uma economia volátil, que vive num país sem recursos e trata o único bem precioso (a sua força humana) sem qualquer respeito e reconhecimento, o que espera que lhe aconteça? Portugal, caminha a passos largos para uma economia débil, amorfa como uma ferida aberta que levará anos a cicatrizar. Os portugueses, viverão apenas num país de serviços, com uma administração pública, carente e sem motivação, na saúde, educação e cultura, sem médicos e professores, sem bens de primeira necessidade, sem habitação, em suma, os portugueses viverão um dia de cada vez, num país condenado ao fracasso. É urgente olhar para a floresta e não apenas para a árvore. O tempo urge e em regra, é sempre o melhor juiz!
08/08/2023 23:35
Douro, um património de Portugal
Por José A. Carvalho/Twenty4news
Douro, um rio navegável numa extensão de 205 km que percorre paisagens de uma beleza singular preenchidas e alinhadas de vinhas do famoso vinho do Porto que alternam com majestosos maciços rochosos.
Foto: José A. Carvalho/Twenty4news
O rio Douro, constitui um meio de comunicação e de transporte dos produtos da região, que até finais do século passado era a única via de acesso como provam os registos da ocupação Romana. Ao longo do tempo, a evolução das embarcações e dos transportes ao longo do curso navegável do Douro permitiu deslizar pelo rio mercadorias que tinham como destino a cidade do Porto até à conclusão em 1887 da linha do caminho-de-ferro.
Com o crescimento do turismo, muitos regressaram ao rio Douro que ainda hoje é desconhecido por muitos portugueses que anseiam por uma experiência única de navegar por ele, conhecer os inúmeros cais que existem ao longo de todo o percurso e a excelente oferta hoteleira da região. Atualmente, existem a operar no rio Douro mais de uma centena de embarcações que oferecem uma grande variedade de cais turísticos-fluviais com infra-estruturas modernas adaptadas às exigências de um turismo de alta qualidade. Em todos os concelhos, há obras concluídas e outras ainda em execução com a finalidade de acolher turistas fluviais e atrair as populações vizinhas da ribeira do rio.
Fonte: IPTM
18/07/2023 21:35
A velocidade, com que a IA mudará o mundo
Photo by Getty Images
Por José A. Carvalho/Twenty4news
Nos próximos cinco anos, o planeta será gerido por chatbots de inteligência artificial, permitindo um melhoramento significativo nas respostas a clientes, o tempo na resolução de problemas e ações a tomar. No entanto, a indignação sobre a IA, é real e um dado adquirido hoje, com a preocupação de muitas pessoas ficarem sem os seus empregos/trabalhos em especial no setor dos serviços. As empresas deixarão de ter rosto, apenas assistentes virtuais, estarão 24 horas On, com bots a responder de forma eficaz, rápida e precisa. A simpatia, no atendimento de hoje, será irrelevante amanhã, com o ChatGPT a proliferar e a tornar-se mais acessível e inteligente. As organizações, passarão a usar estas ferramentas para aumentar a produtividade, reduzir custos e nesse sentido, aumentam as preocupações de pessoas que temem perder os seus empregos a favor da tecnologia. Perguntam os mais céticos; “como será isso possível?” Um pequeno exemplo: a IA generativa, não só tem a capacidade de sintetizar grandes quantidades de dados como interage usando linguagem humana.
Apesar, da profissão com maior crescimento nos próximos cinco anos ser a de especialistas em IA, as contratações de especialistas em sustentabilidade ambiental, operadores de máquinas agrícolas, analista de business intelligence, analista de segurança da informação, analista de dados e cientista de dados, engenheiro de robótica, engenheiro em eletrotecnologia e especialista em transformação digital, serão as áreas com maior potencial de crescimento entre 2023 e 2027 segundo o estudo do Fórum Económico Mundial.
Por outro lado, Geoffrey Hinton, o padrinho da IA que se demitiu do Google, alertou para um “cenário de pesadelo” com pessoas mal-intencionadas a usarem esta tecnologia. Psicólogo cognitivo e cientista da computação, afirmou à BBC que alguns dos perigos dos chatbots (robôs virtuais) de IA são “muito assustadores”. “Neste momento, eles não são mais inteligentes do que nós, até onde eu sei, mas acho que em breve o serão.”
Fonte: BBC
26/06/2023 23:59
Crescimento Global de 2023, acima do esperado e previsões para 2024 em baixa
Explicamos por que razão esperamos agora um crescimento económico melhor para este ano do que esperávamos anteriormente, sendo que o cenário para 2024 parece menos positivo...ver mais
05/06/2023 10:35
Portugueses sem habitação
Foto: José A. Carvalho/Twenty4news
Por José A. Carvalho/Twenty4news
A falta de um teto é hoje, um dos piores problemas que a sociedade portuguesa enfrenta e o reflexo de políticas e políticos sem visão para o futuro. Apesar, das medidas do pacote “Mais Habitação”, o passo dado é ainda muito redutor para as necessidades que o país enfrenta e longe de resolver o problema que existe há décadas, por políticas públicas que tardam sempre por serem aplicadas na prática. Mesmo assim, admitimos que algumas decisões tomadas, poderão beneficiar o País no desenvolvimento económico. A ideia do “Construir para arrendar”, se for bem planeada e executada poderá resolver parte do problema com um acordo firmado entre o Estado e os investidores privados que permitirá, colocar no espaço de tempo necessário, tendo em conta fatores de licenciamento mais rápidos e habitações projetadas para o mercado de arrendamento acessível. Infelizmente, a inflação aumentou o valor da construção, razão pela qual o Estado deverá também criar linhas de financiamento para jovens e famílias com poucos recursos e ser implacável, com os que prevaricam olhando apenas para o lucro sem olhar a meios.
16/05/2023 20:04
Portugueses desesperados e Bancos sem piedade!
Por José A. Carvalho / Twenty4news
Duplicou o número de pessoas que pedem ajuda e recorrem aos bancos para renegociar o crédito de empréstimo à habitação e desesperados esperam pelo dia em que a notícia, é a descida das taxas da Euribor. Uma realidade sem luz ao fundo do túnel, com a inflação marcada pela subida transversal dos preços nos bens de consumo. A subida da Euribor a 6 e 12 meses deverá atingir os 4% até ao próximo mês de outubro (situação comparável com a crise de 2008) e só em 2024, é que a previsão aponta para uma descida gradual ao longo do ano. A história repete-se, os bancos engordam os cofres e demonstram falta de sensibilidade e bom senso, na criação de soluções de forma a minorar a taxa de esforço dos portugueses. A banca e o Banco de Portugal, parecem dormir sobre o assunto, na perspetiva de que o tempo, tudo resolve. Os casos, de insolvência financeira das famílias são mais do que se imagina, com entrega de casas ao banco por falta de pagamento. Este, não é o país que queremos, sem ideias, inoperante que retira dos seus contribuintes valores elevadíssimos, permitindo que a banca tenha taxas de lucro de mais de 919 milhões de euros a uma média de mais 10 milhões de euros por dia, com a CGD a liderar o pelotão (e os portugueses à boleia no carro vassoura) com 285 milhões de euros nos três primeiros meses do ano.
12/05/2023 00:11
Poupar, é urgente...!
Foto: D.R
Por José A. Carvalho / Twenty4news
“Poupar é urgente e no início, porque no fim todos poupam, porque não têm!", diziam os nossos avós. De facto, os tempos obrigam-nos a apertar o cinto com a inflação e o aumento das taxas de juros a ameaçarem países em desenvolvimento. Estas razões, são suficientes para causar uma perda de receitas de mais de 800 mil milhões de dólares nos próximos anos, de acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
Na conclusão do Banco Mundial, fatores como a Guerra na Ucrânia e a inflação elevada e persistente, terão um impacto forte e negativo nas economias da Europa e da Ásia Central. Depois da tempestade (e esperemos que passe rapidamente) o crescimento e a desaceleração das taxas de juros será lenta, tendo em consideração, que mais de metade dos países do planeta dependem da exportação de matérias-primas, o cenário nos próximos cinco anos não é nada otimista.
Fonte: Banco Mundial
08/05/2023 17:48
Gestores da banca ganham mais 20%
Foto: José A. Carvalho / Twenty4news
Por: ECO , Alberto Teixeira
Quem foi o CEO mais bem pago na banca portuguesa? Prémios atribuídos aos conselhos de administração dos bancos quase duplicaram no ano passado após proibição na pandemia.
Num ano marcado por resultados históricos, as remunerações dos gestores das principais instituições financeiras em Portugal atingiram os 27,7 milhões de euros. Trata-se de um aumento de quase 20% em relação ao ano anterior, e que se deveu sobretudo à subida dos prémios atribuídos aos conselhos de administração dos bancos, que quase duplicaram, depois da proibição durante a pandemia. Os administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander, BPI e Novobanco receberam 19,3 milhões em salários fixos, o que corresponde a uma subida de 1,7% em comparação com 2021, de acordo com os dados compilados pelo ECO com base nos relatórios e contas dos bancos. Enquanto isso, os bónus (atribuídos) dispararam 93% para cerca de 8,4 milhões de euros, correspondendo a cerca de 30% do total das remunerações que os gestores da banca tiveram direito no ano passado.
O aumento dos bónus surge depois de quase dois anos em que a remuneração variável esteve suspensa pelos reguladores, que recomendaram prudência aos bancos devido à crise da pandemia de covid-19. A proibição do Banco Central Europeu (BCE) – que se estendeu aos dividendos – só foi levantada em outubro de 2021.
Entre os cinco principais bancos em Portugal, o BCP foi quem teve mais encargos com as remunerações do conselho de administração no ano passado: totalizaram os 7,5 milhões de euros entre componente fixa e variável, um aumento de 30% devido ao incremento dos prémios atribuídos em numerário e ações – num ano em que a remuneração média anual dos trabalhadores teve um aumento de 5,7%, de acordo com o banco liderado por Miguel Maya.
Seguem-se os “espanhóis” Santander Totta e BPI, onde as remunerações fixas e variáveis dos administradores atingiram 5,7 milhões (+10,2%) e 5,6 milhões (+22%), respetivamente, também à boleia dos prémios. A título de comparação, no Totta, por exemplo, o aumento da massa salarial foi de 3%. No Novobanco, o aumento das remunerações da comissão executiva e conselho geral e supervisão foi de 1% para 4,8 milhões – 2,8 milhões em remuneração fixa e 1,9 milhões em remuneração variável que continuou congelada devido ao processo de reestruturação. Já os administradores da Caixa tiveram remunerações de 4,2 milhões de euros, mais 36,8% – a componente fixa aumentou 12,5% e a componente variável também pois o banco não revelou valores de 2021. A massa salarial do conjunto dos trabalhadores do banco público aumentou 2,42% no ano passado, com a remuneração média a situar-se nos 2.501 euros.
De fora desta análise ficaram os montantes atribuídos em forma de complemento de reforma e ainda outras remunerações como subsídio de expatriação (no Novobanco, Mark Bourke recebeu 102 mil euros), prémios de assinatura ou indemnizações (António Ramalho e outro gestor do Novobanco tiveram uma compensação de 460 mil euros pela rescisão antecipada do contrato).
Fonte: CNN Portugal