Boas Notícias Para os Portugueses: Crédito Mais Barato e Mais Empregos

Por José A. Carvalho/Twenty4news

A economia portuguesa apresenta atualmente dois desenvolvimentos de grande relevância: a descida das taxas Euribor e a redução da taxa de desemprego para 6,4% em 2024.

A queda das taxas Euribor, especialmente a seis meses, que é a mais utilizada nos créditos à habitação, tem um impacto direto na vida das famílias portuguesas, permitindo uma redução das prestações dos empréstimos e proporcionando maior liquidez para o consumo e o investimento. Esta tendência pode também estimular o mercado imobiliário, tornando o crédito mais acessível e aumentando a procura por habitação, o que pode levar a uma nova valorização dos preços. Além disso, as empresas que dependem de financiamento bancário poderão beneficiar de melhores condições de crédito, favorecendo a expansão dos negócios e novos investimentos. No entanto, esta situação exige acompanhamento, uma vez que oscilações nas taxas de juro podem influenciar novamente os custos dos empréstimos.

Paralelamente, a redução do desemprego para 6,4% indica uma recuperação progressiva do mercado de trabalho, impulsionada principalmente pelo crescimento do turismo, pelo investimento estrangeiro e por programas de requalificação profissional. O aumento da empregabilidade reflete-se numa maior contribuição para a segurança social e numa redução da pressão sobre os apoios ao desemprego. No entanto, apesar desta evolução positiva, subsistem desafios importantes, como a precariedade laboral e os baixos salários em algumas áreas, o que pode limitar o aumento sustentado do poder de compra. Além disso, setores estratégicos como a tecnologia e a engenharia enfrentam dificuldades na contratação de profissionais qualificados, o que pode travar o crescimento de áreas fundamentais para a inovação e a competitividade do país.

Embora ambos os fatores contribuam para um ambiente económico mais favorável, é essencial garantir que a redução das taxas de juro e do desemprego seja acompanhada por medidas que promovam maior estabilidade e melhores condições de vida para os portugueses. O equilíbrio entre o crescimento económico, a valorização do emprego e a contenção da especulação imobiliária será determinante para consolidar os ganhos atuais e assegurar um desenvolvimento sustentável a longo prazo.

Em entrevista exclusiva ao Twenty4news José Gomes Ferreira, Jornalista e Economista, referiu: "O potencial de crescimento da nossa economia é muito maior do que aquele que é de facto libertado para se traduzir em obra, em dinamismo de produção, exportações entre outros e isto deriva da falta de eficiência dos decisores por excesso de burocracia e implementação de impostos elevados em Portugal." 

Fonte:INE

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