13/04/2024  09:35

Revelados os nomeados aos Prémios Sophia 2024

Prémios Sophia 2024 | Créditos: Academia Portuguesa de Cinema   

Por Redação

A Academia Portuguesa de Cinema (APC) divulgou esta sexta-feira, dia 12, os nomeados para a 13ª edição dos Prémios Sophia. A longa metragem “Não Sou Nada - The Nothingness Club”, realizada por Edgar Pêra, lidera com 15 nomeações, seguida de “Great Yarmouth - Provisional Figures”, de Marco Martins, com 13 nomeações, contando ambas com nomeações a Melhor Filme e Melhor Realização. Também nomeadas nestas categorias estão “Nação Valente”, de Carlos Conceição, e “Mal Viver”, de João Canijo, com um total de 10 e 8 nomeações, respetivamente.

Anabela Moreira (Mal Viver), Beatriz Batarda (Great Yarmouth – Provisional Figures), Carla Maciel (Légua) e Joana Bernardo (A Noiva) estão indicadas para Melhor Atriz Principal.

Na categoria de Melhor Ator Principal estão nomeados João Arrais (Nação Valente), Miguel Borges (Não sou Nada – The Nothingness Club), Rafael Morais (Amadeo) e Rui Morrisson (Sombras Brancas).

“Cavalos de Corrida”, “Emília”, “Rabo de Peixe” e “Salgueiro Maia – O Implicado” concorrem na categoria de Melhor Série/Telefilme. A lista completa de nomeações pode ser consultada aqui.

Os atores Filipa Areosa e Francisco Froes e o Presidente e Vice-Presidente da Academia Portuguesa de Cinema, Paulo Trancoso e Carla Chambel, anunciaram os nomeados para a edição de 2024 dos Prémios Sophia numa apresentação que decorreu na Sala de Cinema Fernando Lopes, na Universidade Lusófona em Lisboa. Neste evento foram também divulgadas as duas personalidades que serão homenageadas com o Prémio Sophia Carreira: o compositor Luís Cília e o realizador Rui Simões.

Na ocasião, foram ainda entregues os prémios:

Com realização a 26 de maio no Casino Estoril, a 13ª cerimónia de entrega dos Prémios Sophia será transmitida na RTP2, sob o tema “Cinema é Liberdade”.

 

Biografias dos Prémios Sophia Carreira

Luís Cília

Nascido em Nova Lisboa/Huambo, Angola, em 1943, muda-se para Portugal em 1959 para prosseguir os estudos. Em 1962, conhece o poeta Daniel Filipe, que o incentivou a musicar poesia. Datam desse ano algumas das suas primeiras experiências nesse campo, tais como: “Meu país” ou ” O menino negro não entrou na roda”. 

Em abril de 1964, partiu para Paris, onde viveu até 1974. Em França, estudou guitarra clássica com António Membrado e composição com Michel Puig. Entre 1964 e 1974, realizou recitais em quase todos os países da Europa.

De regresso a Portugal, continuou a gravar discos, como compositor e intérprete, e também recitais. Ao longo da sua carreira gravou poemas de Eugénio de Andrade, José Gomes Ferreira, Manuel da Fonseca, Florbela Espanca, João Fernando, entre outros.  

Nos últimos anos, Luís Cília tem-se dedicado apenas à composição, nomeadamente para Teatro, Bailado e Cinema, tendo sido nomeado nos Sophia 2014 pelo seu trabalho em “Até Amanhã, Camaradas” e o vencedor do Prémio de Melhor Banda Sonora nos Sophia 2015 com “Os Gatos Não Têm Vertigens”.

Além destes filmes, destaca-se ainda o seu trabalho em obras como “O Salto” (1967), “Jogo de Mão” (1983), “A Força do Atrito” (1993), “Camarate” (2001), “A Passagem da Noite” (2003), “Call Girl” (2007), “A Esperança Está onde Menos se Espera” (2009), “Quarta Divisão” (2013), “Índice Médio de Felicidade” (2017), “O Nosso Cônsul em Havana” (2019).

Rui Simões, realizador 

Rui Simões (1944), estudou Realização de cinema e Televisão no Institut des Arts de Diffusionem, na Bélgica, em 1970.  Regressou a Portugal em maio de 1974, depois da Revolução dos Cravos e começou a trabalhar como Director de Produção na firma Animatógrafo, de António da Cunha Telles. Dois anos depois, fez o seu primeiro documentário “Deus, Pátria, Autoridade”.

Em 1986, ingressou a produtora de cinema e audiovisual Real Ficção, na qual desenvolveu o seu trabalho como documentarista focando-se profundamente em assuntos sociais e na arte, assim como no apoio a jovens realizadores.

Referência no documentário português, Rui Simões é conhecido pelas obras “São Pedro da Cova2 (1976), “Bom Povo Português” (1980), “Cenas de Caça” (1994), “Introdução ao Princípio das Coisas” (2000), “Teatro dos Sonhos” (2003), “Ensaio sobre o Teatro” (2006), “Ilha da Cova da Moura” (2010), “Guerra ou Paz” (2012), “Entre Cenas” (2014), “Alto Bairro” (2014), “A Casa” (2017), “No País de Alice” (2021). No ano em que celebra os 50 anos de carreira, lançará a sua primeira ficção “Primeira Obra”.

Fonte: jervis 35